domingo, 15 de janeiro de 2012

Aranha

 
Como ler uma caixa taxonómicaAranhas
Ocorrência: 319–0 Ma
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Pennsylvaniano - Recente
Aranha da espécie Brachypelma auratum.
Aranha da espécie Brachypelma auratum.
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Classe:Arachnida
Ordem:Araneae
Sub-ordens
As aranhas são animais artrópodes pertencentes à ordem araneae da classe dos aracnídeos. A ordem araneae está dividida em três subordens: a Mygalomorphae (aranhas primitivas), a Araneomorphae (aranhas modernas) e a Mesothelae, a qual contém apenas a Família Liphistiidae, constituída de aranhas asiáticas raramente avistadas.
Existem cerca de 40.000 espécies de aranhas[1], o que a torna a segunda maior ordem dos Aracnídeos, atrás da ordem acari (ácaros).

Índice

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[editar] Anatomia

[editar] Corpo

Anatomia de uma aranha:
(1) Quatro pares de pernas
(2) cefalotórax ou prossoma
(3) opistossoma ou abdómen
As aranhas pertencem ao filo artrópode e ao subfilo chelicerata.[2] Sendo artrópodes têm corpos segmentados com membros articulados, cobertos com uma cutícula de quitina e proteínas e cabeças compostas por vários elementos que se fundem durante a fase embrionária.[3]. Por serem cheliceratas, os seus corpos consistem em dois tagmata, conjunto de segmentos com as mesmas funções: um deles, chamado cefalotórax ou prossoma (nos insetos este segmento encontra-se separado em mais dois tagmata - cabeça e tórax), o outro chama-se opistossoma ou abdómen.
Nas aranhas, o cefalotórax e o abdómen estão ligados por uma pequena secção cilíndrica, o pedicelo. O padrão de fusão dos segmentos para formar cabeças cheliceratas é único entre os artrópodes e o que, normalmente, seria o primeiro segmento da cabeça desaparece numa fase inicial do desenvolvimento, por isso a falta de antenas cheliceratas é típica de muitos artrópodes. De facto apenas os apêndices à frente da boca dos cheliceratas são um par quelíceras e falta-lhes qualquer coisa que possa funcionar diretamente como maxilas.[3][4] Os primeiros apêndices ao lado da boca são chamados pedipalpos e têm diferentes funções dentro do grupo chelicerata.[2]
Phidippus audax, aranha-saltadora: As duas partes da boca a verde são as partes das quelíceras.
As aranhas e os escorpiões são membros de um grupo chelicerata, os aracnídeos.[4] Quelíceras dos escorpiões tem três seções e são utilizados na alimentação.[5] As quelíceras das aranhas têm duas secções e terminam em presas, que normalmente são venenosas e dobráveis para trás da parte superior quando não estão em uso.
As secções superiores costumam ter "barbas" que filtram os pedaços sólidos do seu alimento, as aranhas apenas podem alimentar-se de comida líquida.[6] Os pedipalpos dos escorpiões, normalmente, formam grandes garras para capturar as presas[5], enquanto os das aranhas são apêndices bastante pequenos cujas bases atuam como uma extensão da boca. As aranhas do sexo masculino têm as últimas secções maiores que as das fêmeas para a transferência de esperma.[6]
Nas aranhas o cefalotórax e o abdómen estão unidos por um pequeno pedicelo cilíndrico que permite que o abdómen se mova livremente enquanto produz seda, para a construção de teias. A zona superior do cefalotórax é coberta por uma única carapaça convexa, enquanto a parte inferior é coberta por duas placas planas. O abdómen é mole e oval. Este não mostra qualquer sinal de fragmentação exceto na subordem Mesothelae, cuja única família viva, Liphistiidae, que têm placas segmentadas na superfície superior.[6]

[editar] Dados interessantes

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Teia de aranha.
  • Produzem teias que são 5 vezes mais fortes do que o aço no mesmo diâmetro.
  • Além disso, a teia pode ainda se esticar 4 vezes mais que seu comprimento inicial.
  • As teias resistem a água e a temperaturas até -45 °C sem se romperem.
  • A aranha poderia morrer presa em sua própria teia, mas sua pata é equipada com pelos que não permitem que isso aconteça.
  • Existem 40.000 espécies de aranhas conhecidas, mas alguns estudiosos calculam este número pode chegar a 100.000.
  • Essas 40.000 espécies são divididas em mais de 100 famílias, sendo que cerca de 30 delas são consideradas perigosas para o homem.
  • A maior aranha do mundo é a Theraphosa blondi e chega a medir até 20 centímetros de uma pata a outra, já a menor é a Patu digua que tem o tamanho da cabeça de um alfinete.
  • Os filhotes aprendem a fabricar teia sozinhos.
  • Algumas aranhas sobem em pontos altos, liberam um fio de teia e se deixam levar pelo vento, povoando assim ilhas e continentes.

[editar] Taxonomia

Os aracnídeos estão divididos em duas subordens, Mesothelae e Opisthothelae. Esta última dividida em duas infraordens, Araneomorphae e Mygalomorphae.

[editar] Araneomorphae

Os aracnídeos da infraordem Araneomorphae distinguem-se por possuirem presas que se opõe umas às outras e se cruzam quando mordem. Esta ordem divide-se 95 famílias, sendo a infraordem com mais famílias vivas das três existentes.

[editar] Mesothelae

Os mesothelae são uma subordem que apenas possuí uma família viva, Liphistiidae, ainda inclui as famílias extintas Arthromygalidae e Arthrolycosidae

[editar] Mygalomorphae

Os Mygalomorphae são uma infraordem, distinguem-se dos araneomorphae porque as suas presas não cruzam ao morderem. Neste grupo incluem-se as tarântulas, entre outras. Possuí 15 famílias vivas.
 

   Mygalomorphae   

   

Antrodiaetidae


Atypidae



   Mecicobothriidae


   Microstigmatidae


   Dipluridae


Hexathelidae


Nemesiidae


   Barychelidae


   Theraphosidae


Paratropididae









Cyrtaucheniidae



Ctenizidae


Idiopidae




Actinopodidae


Migidae





Araneomorphae


Cladograma dos Mygalomorphae[7]


Aranha encontrada na cachoeira do Tabuleiro.
Aranha e a teia.

[editar] Aracnofobia

Aracnofobia é uma fobia específica de aranhas ou qualquer coisa ligada a estes seres vivos como teias de aranha ou até formas parecidas com aranhas. É uma das fobias mais comuns[8][9] e 50% das mulheres e 10% dos homens mostram sinais desta fobia.[10] Estes sintomas parecem ser uma forma exagerada de resposta instintiva que ajudam os primeiros seres humanos a sobreviver[11] ou um fenómeno cultural, predominante das sociedades europeias.[12]

[editar] Ver também

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Referências

  1. Norman I. Platnick. The World Spider Catalog (em inglês).
  2. a b Ruppert, E.E., Fox, R.S. and Barnes, R.D.. Invertebrate Zoology. 7 ed. [S.l.]: Brooks / Cole, 2004. 554–555 p. ISBN 0030259827
  3. a b Ruppert, E.E., Fox, R.S. and Barnes, R.D.. Invertebrate Zoology. 7 ed. [S.l.]: Brooks / Cole, 2004. 518–522 p. ISBN 0030259827
  4. a b Ruppert, E.E., Fox, R.S., and Barnes, R.D.. Invertebrate Zoology. 7 ed. [S.l.]: Brooks / Cole, 2004. 559–564 p. ISBN 0030259827
  5. a b Ruppert, E.E., Fox, R.S., and Barnes, R.D.. Invertebrate Zoology. 7 ed. [S.l.: s.n.], 2004. 565–569 p. ISBN 0030259827
  6. a b c Ruppert, E.E., Fox, R.S., and Barnes, R.D.. Invertebrate Zoology. 7 ed. [S.l.]: Brooks / Cole, 2004. 571–584 p. ISBN 0030259827
  7. Coddington, J.A. 2005. Phylogeny and Classification of Spiders. In D. Ubick, P. Paquin, P. E. Cushing, and V. Roth (eds.) Spiders of North America: an identification manual, American Arachnological Society. 377 pages. Chapter 2, pp. 18-24.
  8. phobias-help.com. A Common Phobia (em inglês). Arquivado do original em 2009-08-02.
  9. Lisa Fritscher. Spider Fears or Arachnophobia (em inglês). Arquivado do original em 2009-08-02.
  10. 10 Most Common Phobias. The 10 Most Common Phobias — Did You Know? (em inglês). Arquivado do original em 2009-08-02.
  11. Friedenberg, J., and Silverman, G.. Cognitive Science: An Introduction to the Study of Mind. [S.l.]: SAGE, 2005. 244–245 p. ISBN 1412925681
  12. Davey, G.C.L.. (1994). "The "Disgusting" Spider: The Role of Disease and Illness in the Perpetuation of Fear of Spiders". Society and Animals 2: 17–25. DOI:10.1163/156853094X00045.

[editar] Ligações externas



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